quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

40 anos da invenção do mouse

Seu criador Douglas Engelbart acreditava na co-evolução da tecnologia e as capacidades humanas. Um exemplo de sua co-evolução era a noção do sistema de comunicação mediado pelo computador que possibitasse melhor flexibilidade e interconectividade, que criariam então escritórios onde houvesse um ambiente de suporte e assim mais trabalhos colaborativos.



Abaixo a matéria retirada do Globo Online http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2008/12/09/ha_40_anos_nascia_mouse_-586915870.asp
Há 40 anos, no revolucionário ano de 1968, o cientista de computação Douglas Engelbart fez uma demonstração que é considerada hoje como o primeiro passo da computação pessoal. Naquele nove de dezembro ele apresentou ao mundo o "mouse", uma inovadora forma de interação com os computadores, até então enormes máquinas fechadas.
O vídeo com a demonstração dos novos conceitos pode ser visto neste link (em inglês). Além disso, Engelbart também apresentou naquele dia conceitos como "edição what you see is what you get", textos e gráficos numa mesma tela, videoconferência em tela dividida, navegação em janelas e hyperlinks.
O primeiro mouse não se parecia com os que conhecemos hoje; era feito de madeira e tinha apenas um botão. Ele foi idealizado por Engelbart, construído por William English e apresentado em São Francisco durante uma conferência de informática.
Seu nome oficial era "X-Y Position Indicator for a Display System" (Indicador de Posição X-Y para um Dispositivo com Tela), mas o cabo que o conectava ao computador e seu tamanho acabaram dando a ele o apelido de "mouse" (rato).
Em 1968, apesar das funções em essência serem as mesmas, elas estavam a serviço de um projeto maior: "Um centro de pesquisa para aumentar o intelecto humano". Engelbart e English foram pioneiros em utilizar a palavra "interação" tal como ela é entendida hoje, e o primeiro deles, não por coincidência, era um dos cabeças de outro projeto revolucionário: a ARPA, considerada a antecedente da internet.
"No Instituto de Pesquisa de Stanford estamos desenvolvendo um laboratório experimental sobre um computador interativo (...) para demostrar como estes aparatos podem ajudar a aumentar a capacidade intelectual", explicavam há quarenta anos, segundo a página do Instituto Bootstrap, fundado por Engelbart em 1989.
Toda invenção, no entanto, precisa ser descoberta e, como vem sendo habitual nos últimos anos, foi a Apple que, em 1979, utilizou o mouse como catalizador da democratização da informática. Por apenas US$ 40 mil eles conseguiram a patente do invento, que o Instituto de Pesquisa de Stanford teve por mais de 10 anos sem conseguir nenhum rendimento.
"A Apple sempre buscou em seus designs algo emocional, contando que os aparelhos eletrônicos passam muito tempo com seus usuários e por isso eles devem ser cômodos e agradáveis", disse a Apple à EFE.
E assim a empresa lançou, em 1981, o primeiro computador pessoal com mouse, criado no Centro de Pesquisa de Palo Alto (PARC, na sigla em inglês): o Xerox Star 8010.
Atualmente, por permitir o contato com uma ferramenta tão cotidiana, o mouse já se tornou o novo melhor amigo do homem, mesmo que hoje muitos deles já não tenham mais o rabo, graças à tecnologia sem-fio, e alguns sejam apenas uma tela sensível ao toque. Engelbart, no entanto, ainda tem uma questão formal em relação ao produto.
- A Logitech recentemente disse que vendeu o mouse de número 1 bilhão. Não é incrível? A primeira coisa que pensei foi que se poderia ocorrer a alguém um nome mais apropriado e digno para ele a essa altura.

Por Letícia Gelabert

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