quinta-feira, 2 de julho de 2009

Infinito ao Meu Redor - Marisa Monte

Estou postando o link do trailler do documentário "Infinito ao meu redor" (Marisa Monte), que comentei hoje na aula.
Tem algumas entrevistas dela no youtube, falando sobre o dvd.

http://www.youtube.com/watch?v=3xgAPkwpqTg



Bjs,
Dora

quarta-feira, 1 de julho de 2009


Eu acabei de postar aqui e me empolguei, decidi falar da proporção que o Theo Becker tomou após sua passagem conturbada por "A Fazenda", ele praticamente virou mito, antes se quase ninguém sabia quem ele era, hoje, se tornou um dos assuntos mais populares em qualquer lugar.
Com explosões, brigas fenomenais, e um jeito de fato meio louco fez fama, e foi exatamente isso que fez dele tão popular, esse toque de loucura e a famosa vergonha alheia, que sendo sincera, ele é o mestre nisso. Mesmo fora do programa ele continua sendo comentário, virou um personagem nacional.
Fazendo uma brincadeirinha, Andressa volta pra ele vai.
Ah gente, eu não sei quanto a vocês mas eu adoro, então vai aí momento Theo Becker. http://www.youtube.com/watch?v=R2gvThFLgEk
Isis Mesquita

O exemplo que eu escolhi foi o programa passado no multishow Conexões Urbanas, que tem como objetivo passar o cotidiano da favela, movimentos sociais que estão crescendo nas periferias do Brasil, e dos preconceitos vividos por quem mora lá.
Ele se relaciona tanto com o que é dito pela Paula Sibilia em “Show do Eu” quanto o que é passado em “Política das Representações” da Esther Hamburguer. Como são sujeitos que vivem no cerne destas comunidades transmitindo eles próprios sua realidade, o programa adquire um caráter de maior verdade e maior autenticidade, do que se fosse passado por pessoas que não estão inseridas nesta realidade, é esse “Eu”da favela sendo transmitido por quem tem mais autorização para falar sobre ele.
E da mesma forma eles estão gerindo a sua imagem para o público em geral, de forma que passam da forma que acham mais apropriada transmitir se distanciando de qualquer estereótipo do “favelado”, tendo consciência de que este setor, que é marginalizado tanto pela sociedade quanto pela própria mídia, de que não podem ser representados por qualquer um, o que indica essa consciência do falar de si para o resto da sociedade da forma mais próxima do que seria o real possível.

Aqui é um link do programa http://www.youtube.com/watch?v=OXZtcrUdZwE&feature=related

Isis Mesquita

Farrah Fawcett: Uma luta documentada

No dia 25 de Junho Farrah Fawcett morreu em decorrência de um câncer,e infelizmente,com a morte de Michel Jackson 5 horas depois,sua morte foi de certa forma abafada pela do rei do pop.
Mas Farrah deixou para o mundo um documentário que mostra sua luta contra o câncer,desde o dia em que foi ao médico e descobriu que a doença tinha voltado,até o dia da sua morte.A intenção original era passar o documentário apenas para seus amigos e familiares,mas posteriormente a atriz decidiu permitir que o filme passasse no canal NBC,por achar que sua história poderia inspirar outras pessoas.E tendo inspirado ou não,o documentário foi visto por mais de 9 milhões de pessoas.
O que me chamou atenção neste caso,foi a forma com que um momento que muitos julgam privado se tornou extremamente público.A atriz,que foi um dos maiores símbolos sexuais da década de 70,pode ser vista doente,vulnerável,montando uma espécie de diário filmado onde se mostrou de uma forma inédita.E isso é claro,atraiu a curiosidade de milhares de pessoas,que viam ali não somente uma celebridade,mas uma celebridade se mostrando comum.Em uma postura de 'qualquer um pode passar por isso'.E em meio a este espetáculo o seu recado foi devidamente dado.
Vou colar o link do vídeo aqui,porque não estava conseguindo carregar no blog.
http://www.youtube.com/watch?v=5rEuLRilWM4

Por: Chrissie Leite

Intimidade Exposta


Desde a criação do conceito de sociedade do espetáculo por Guy Debord, não conseguimos deixar de olhar o mundo em que vivemos como espetacular. Com o surgimento de novas tecnologias da comunicação, como a Internet, qualquer indivíduo pode se autopromover. Mas na medida em que o desejo de exposição aumenta, também há um crescimento da curiosidade em relação a vida dos outros, principalmente de personalidades públicas.
Brad Pitt e Angelina Jolie são o casal mais cobiçado do momento, e por serem grandes astros de cinema têm suas vidas pública e privada sendo perseguidas constantemente pelos paparazzi que obtem a função de divulagar o que os famosos fazem quando não estão sobre os grandes holofotes da mídia.
Porém na revista 'People Magazine', uma publicação norte-americana especializada em celebridades, o casal divulgou sua vida íntima por livre vontade e evitou briga entre as publicações e perseguições pelas primeiras fotos de seu gêmeos Knox e Vivienne, nascidos no dia 12 de julho de 2008.
As fotos foram vendiadas por milhões para a revista que as publicou junto com uma entrevista dos pais famosos. O que diferencia essa exposição do privado do trabalho feito pelos paparazzi é que o casal Brangelina tem uma certa autoridade do que é exposto, e consequentemente tem um controle da imagem que eles querem que o povo veja.
Angelina Jolie e Brad Pitt não foram os únicos acediados pela 'People Magazine'. Tom Cruise, Jennifer Lopez, Christina Aguilera, entre outros, também já foram capa da revista junto com seus recém nascidos. Essa foi a segunda vez que o casal Brangelina teve fotos de seus filhos publicados pela publicação, a primeira vez foi em 2006 com a exposição das imagens da primeira filha do casal Shiloh Novel.
Acredito que essa seja uma boa estratégia do 'show do eu'. A família é exposta porém de uma maneira mais cautelosa protegendo, assim, os filhos, matando a curiosidade da população e se autopromovendo.
Por: Leonardo Tadaiesky

Metamorfose Jackson



Na última quinta-feira, 25 de junho, morreu o Rei do Pop Michael Jackson. Sim, isso todos já sabemos. Mas uma pergunta que ainda ninguém conseguiu responder, continua no ar: quem foi Michael Jackson? Do menino negro de Indiana que conquistou o sucesso ao lado de seus irmãos à figura caricata e decadente dos últimos anos, o mundo acompanhou a uma mudança física drástica do astro pop. Clareamento de pele (com a camuflagem de um suposta doença), cirurgias plásticas constantes e transformações de cabelo criaram uma nova pessoa, que muitos chegaram a classificar como alienígena (alguém lembra de Homens de Preto?).

Respostas a essa “auto reforma” podem ser muitas, mas pode-se chegar a uma compreensão pensando na pessoa Michael Jackson e a mídia. A sua busca retrata o que muitos fazem, com menos intensidade logicamente, com o seu próprio corpo. Não basta consumir um produto midiático pela televisão ou outro meio que seja; os indivíduos querem a todo preço um pouco do modelo de perfeição vendido pela mídia. Corpo “sarado”, cabelo tal, roupa tal, cirurgias plásticas, lipoaspiração.

Se pensarmos assim, Michael Jackson foi o auge de toda essa representação. Um homem que moldou o seu corpo, baseando-se no que ele entendia como requisitos da mídia para ser uma estrela. O problema foi o seu excesso. E ao passo em que ele reconstruía o seu corpo, a sua nova aparência esquisita acompanhava a decadência de sua carreira. É como se a figura de um rei estivesse exaurida por tanta exploração de seus seguidores, da mídia e de si mesmo.

Agora, pensem na música Black or White. Não parece ser, mesmo que não com um intuito declarado, uma narração do astro sobre si mesmo? E pode ser mesmo. Que o diga a cena da metamorfose no final do clipe.

Veja o trecho do clipe Black or White:
http://www.youtube.com/watch?v=KZbD92LOIVk

postado por: Yan Caetano

Quando a Morte te deixa famoso: "Suicide Club"


À primeira vista, Suicide Club parece ser um péssimo filme, sem pé nem cabeça, com um roteiro amador e sangrento. Na verdade, muitos acham realmente isso. Mas em contraposição, O filme foi grandemente aplaudido em mostras e festivais, considerado um verdadeiro exemplo do cinema japonês contemporâneo.

Independente de ser um filme magistral ou não, Suicide Club procura fazer uma crítica ferrenha à sociedade moderna japonesa. O filme é resultado, também, de pesquisas que apontaram o Japão, em 2002, como o país com o maior número de suicídios do mundo (24 para cada 100 mil habitantes).

Sion Sono (esse é o diretor) procura levar a questão da cultura pop ao máximo neste filme. Ele faz do suicídio um modismo, que se iniciará quando um grupo de 54 estudantes suicidam nos trilhos de um trem. A partir deste fato, diversas ondas de suicídio começam a surgir no país. Quando o detetive chega próximo de uma suposta origem para as mortes, nunca obtém êxito, pois as mortes não param.
A questão principal é: “se tudo está virando modismo nos dias de hoje, por que não o suicídio?”. A sequência do link abaixo é perfeita para reproduzir tal pensamento. Um grupo de estudantes começa a brincar falando em suicidar-se e, de repente, formam o “Clube do Suicídio”. Podemos comparar o modo como eles falam em morte como quando a Barbie diz: “Vamos passear no shopping?” = “Vamos nos matar? :3”. A cena, de uma forma meio sádica, é hilária.

Outra questão interessante é que no filme não há realmente uma origem para os suicídios. O espectador acaba com um grandíssimo ponto de interrogação na cabeça. E é essa a intenção! Este filme não quer se estabelecer como um gênero específico, ele é, ao mesmo tempo, terror, suspense, comédia, romance, etc. Da mesma forma, ele não quer repetir o que os filmes hollywoodianos fazem, que é criar uma linha de raciocínio a partir de um sistema já antigo e dominante: o roteiro hollywoodiano clássico, que procura dar começo, meio e fim aos filmes, de forma que o espectador fique sempre satisfeito ao sair da sala. De forma provocante, Suicide Club vai mudar de foco narrativo a todo o momento, assim como veremos que o filme não tem protagonista.

Na minha opinião, Suicide Club é um filme hilário, nojento e, acima de tudo, nos faz pensar sobre o quanto estamos inseridos numa cultura do espetáculo e refletir sobre o que ela nos faz fazer para alcançarmos uma publicização suficiente da nossa imagem. Veja só: esses estudantes suicidaram e ficaram super famosos! O que tem de mal nisso?

Link para a sequência do suicídio na escola: http://www.youtube.com/watch?v=WWOwp8sALeo&feature=PlayList&p=E74A81FE220B19F6&index=4

Tem também o filme inteiro no youtube. :)

postado por: Juliana C. Roldan

A imagem de Barack Obama







É certo que, ser candidato à presidência do país de maior influência mundial, já o torna notório, e alvo da mídia, mas durante a campanha, do agora atual presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, observamos um marketing político envolvendo a utilização do potencial midiático, que rendeu frutos, um deles a própria eleição de Obama.
Sendo candidato, automaticamente Obama já tinha seu rosto estampado em jornais, revistas, mídias digitais em geral, reportado sempre que necessário e possível pela mídia, além de ter toda esta representabilidade por meio de/e pela mídia, sua assessoria conseguiu utilizar está como arma para construir e gerenciar a imagem do futuro novo presidente.
A criação de um site exclusivamente destinado à candidatura, não seria o primeira a ser feito em campanhas políticas, porém a feitura da campanha digital no caso Obama, ganhou repercussão e notoriedade muito maior que qualquer outra campanha que antes já tivesse usado o mesmo meio. Entendeu como utilizar o potencial midiático para ganhar ainda mais notoriedade, e não só isso, construindo a própria imagem, e se aproximando cada vez mais, através dessa política da representação, de seus eleitores.
http://www.barackobama.com/index.php

Sua imagem já se tornara pública, e como tal a estratégia da campanha de Obama mostra com clareza tal gerenciamento de sua imagem pública, através da utilização da linguagem apropriada, não só para criar redes sociais, mas também a sensibilidade de inserir em tais redes sociais uma linguagem específica, que molda e cuida nos mínimos detalhes deste “eu” público do atual presidente.
Sua campanha presidencial já é em si um espetáculo, a pessoa do candidato também se torna, porque não construir sua própria imagem?
Tendo ganhado a presidência, surgem então variações da utilização da linguagem espetacular no curso de seu mandato, utilizando toda esta lógica cotidiana e real.
Me atento então para a criação do Flickr da casa branca. Neste site oficial, são postados diariamente fotos do dia-dia do presidente, seu cotidiano, seus afazeres, sua hora de relaxar e sua vida em família. O que seria isso, se não um verdadeiro show do eu? A intimidade, construída, por imagens do presidente, um show bem gerenciado da imagem do “eu” familiar e presidencial, se a mídia já o representa, sua própria equipe reporta uma maneira de fazer circular e aproximar esta imagem de quem o elegeu, e claro de quem nem mesmo é norte americano.
Acredito que em todo o processo, tanto das eleições quanto agora com esta intimidade (gerencialmente) escancarada, mostra-se muito claro a lógica da política da representação e que me permitiu pensar toda a construção teórica estudada durante a disciplina. Fato é que, o processo Obama ilustra muito bem a interligação de toda a lógica espetacular.
http://www.flickr.com/photos/whitehouse/
Claro que, críticas e reportagens externas não escapam, no entanto possuindo todo este arsenal comunicativo construído a favor de sua imagem, é inegável que a visibilidade e o curso de seu mandato, assim como de sua candidatura, serão influenciados.
Um marketing político que deu muito certo, a visão da equipe de campanha de Barack, conseguiu reconhecer e utilizar a potencia da mídia como arma a seu favor, mas claro que a mídia sendo mediadora, uma janela entre o sujeito e a realidade, mesmo com toda a estratégia, ela trabalha como mediadora, mas não como definidora de leituras e apropriações.

postado por: Nayara Matos