quarta-feira, 1 de julho de 2009


O exemplo que eu escolhi foi o programa passado no multishow Conexões Urbanas, que tem como objetivo passar o cotidiano da favela, movimentos sociais que estão crescendo nas periferias do Brasil, e dos preconceitos vividos por quem mora lá.
Ele se relaciona tanto com o que é dito pela Paula Sibilia em “Show do Eu” quanto o que é passado em “Política das Representações” da Esther Hamburguer. Como são sujeitos que vivem no cerne destas comunidades transmitindo eles próprios sua realidade, o programa adquire um caráter de maior verdade e maior autenticidade, do que se fosse passado por pessoas que não estão inseridas nesta realidade, é esse “Eu”da favela sendo transmitido por quem tem mais autorização para falar sobre ele.
E da mesma forma eles estão gerindo a sua imagem para o público em geral, de forma que passam da forma que acham mais apropriada transmitir se distanciando de qualquer estereótipo do “favelado”, tendo consciência de que este setor, que é marginalizado tanto pela sociedade quanto pela própria mídia, de que não podem ser representados por qualquer um, o que indica essa consciência do falar de si para o resto da sociedade da forma mais próxima do que seria o real possível.

Aqui é um link do programa http://www.youtube.com/watch?v=OXZtcrUdZwE&feature=related

Isis Mesquita

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