quarta-feira, 1 de julho de 2009

A imagem de Barack Obama







É certo que, ser candidato à presidência do país de maior influência mundial, já o torna notório, e alvo da mídia, mas durante a campanha, do agora atual presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, observamos um marketing político envolvendo a utilização do potencial midiático, que rendeu frutos, um deles a própria eleição de Obama.
Sendo candidato, automaticamente Obama já tinha seu rosto estampado em jornais, revistas, mídias digitais em geral, reportado sempre que necessário e possível pela mídia, além de ter toda esta representabilidade por meio de/e pela mídia, sua assessoria conseguiu utilizar está como arma para construir e gerenciar a imagem do futuro novo presidente.
A criação de um site exclusivamente destinado à candidatura, não seria o primeira a ser feito em campanhas políticas, porém a feitura da campanha digital no caso Obama, ganhou repercussão e notoriedade muito maior que qualquer outra campanha que antes já tivesse usado o mesmo meio. Entendeu como utilizar o potencial midiático para ganhar ainda mais notoriedade, e não só isso, construindo a própria imagem, e se aproximando cada vez mais, através dessa política da representação, de seus eleitores.
http://www.barackobama.com/index.php

Sua imagem já se tornara pública, e como tal a estratégia da campanha de Obama mostra com clareza tal gerenciamento de sua imagem pública, através da utilização da linguagem apropriada, não só para criar redes sociais, mas também a sensibilidade de inserir em tais redes sociais uma linguagem específica, que molda e cuida nos mínimos detalhes deste “eu” público do atual presidente.
Sua campanha presidencial já é em si um espetáculo, a pessoa do candidato também se torna, porque não construir sua própria imagem?
Tendo ganhado a presidência, surgem então variações da utilização da linguagem espetacular no curso de seu mandato, utilizando toda esta lógica cotidiana e real.
Me atento então para a criação do Flickr da casa branca. Neste site oficial, são postados diariamente fotos do dia-dia do presidente, seu cotidiano, seus afazeres, sua hora de relaxar e sua vida em família. O que seria isso, se não um verdadeiro show do eu? A intimidade, construída, por imagens do presidente, um show bem gerenciado da imagem do “eu” familiar e presidencial, se a mídia já o representa, sua própria equipe reporta uma maneira de fazer circular e aproximar esta imagem de quem o elegeu, e claro de quem nem mesmo é norte americano.
Acredito que em todo o processo, tanto das eleições quanto agora com esta intimidade (gerencialmente) escancarada, mostra-se muito claro a lógica da política da representação e que me permitiu pensar toda a construção teórica estudada durante a disciplina. Fato é que, o processo Obama ilustra muito bem a interligação de toda a lógica espetacular.
http://www.flickr.com/photos/whitehouse/
Claro que, críticas e reportagens externas não escapam, no entanto possuindo todo este arsenal comunicativo construído a favor de sua imagem, é inegável que a visibilidade e o curso de seu mandato, assim como de sua candidatura, serão influenciados.
Um marketing político que deu muito certo, a visão da equipe de campanha de Barack, conseguiu reconhecer e utilizar a potencia da mídia como arma a seu favor, mas claro que a mídia sendo mediadora, uma janela entre o sujeito e a realidade, mesmo com toda a estratégia, ela trabalha como mediadora, mas não como definidora de leituras e apropriações.

postado por: Nayara Matos

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