sábado, 5 de dezembro de 2009

O espetáculo das novas tecnologias




Quando eu ouvi falar em Google Wave, não conseguia entender muito bem do que se tratava e, quando perguntava a um amigo mais nerd que eu, ou que já tivesse recebido um dos cobiçados convites para utilizar esse novo serviço, nunca recebia uma resposta satisfatória. Isso me fez até perder o interesse em desvendar a tal nova ferramenta da Google. O frisson que se instalou, no entanto, no mundo virtual (principalmente no Twitter, de onde o termo “Google Wave” não sai dos Trending Topics há meses), instigou-me a tentar entender melhor que raios é o Wave: um novo tipo de e-mail? Um site de relacionamentos? Um sistema de conversa instantânea?

Agora que tenho a minha conta e já domino as funções e possibilidades do Wave, me vejo na situação contrária: quando me perguntam o que é, não consigo pensar em nenhuma analogia que dê conta de ilustrar a definição desse novo produto da Google, pois é, simultaneamente um site de relacionamentos, um novo tipo de e-mail, um instant messenger e, ao mesmo tempo, não é nenhum dos três – tudo o que me permito dizer ao tentar conceituá-lo é que o Wave, simplesmente, é uma nova forma de se comunicar.

Sei que pareço exagerado, ou maravilhado, ao dizê-lo, mas com esse vídeo (super longo) que explica como utilizar a novidade, fica mais fácil entender não só o que é o Wave, mas o que eu quis dizer:



Essa dificuldade de definir me lembrou a teoria de McLuhan sobre os meios de comunicação como extensões do homem e como eles influenciam nossa vida na formas mais cotidianas, inclusive e, principalmente, na maneira como pensamos, como organizamos a nossas idéias. Obviamente, o fato de o chefe de engenharia do projeto, Lars Rasmussen, no vídeo, dizer com essas mesmas palavras o que diz a teoria de McLuhan também ajudou.

Ele chega a atestar que, depois que deixou de utilizar as ferramentas de comunicação que utilizamos mais comumente hoje, e passou a trabalhar com o Wave, seu raciocínio funcionou de forma diferente.


João Pedro Sá.

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