quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Pequena Miss Sunshine – Outro lado do espetáculo.

O filme Little Miss Sunshine, dirigido por Jonathan Dayton e Valerie Faris, lançado em 2006 aborda a história de uma família desequilibrada que percorre o caminho de Novo México até a Califórnia em uma Kombi para levar a filha caçula ao concurso de beleza “Little Miss Sunshine”.
Dentre todos os personagens característicos, quero analisar a personagem Olive Hoover, interpretada pela jovem atriz Abigail Breslin.
Olive é desengonçada e desajeitada. Não nenhum padrão como as outras meninas do concurso, também não tem nenhum talento grandioso. Muito pelo contrário, está, inclusive, um pouco acima do peso.


Nessa análise, quero apontar dois fatos: O filme faz uma crítica (por sua vez, espetacular) aos padrões de beleza. Deixa isso claro de forma assustadora, ao nos depararmos com meninas, tão jovens, com o rosto repleto de maquiagem, cabelos escovados, trançados e roupas um tanto sensuais. Por outro lado, o espetáculo mostra a sua cara ao mesmo tempo em que critica. O fato de apresentar em um dos principais papéis a pequena Olive Hoover, espetaculariza outro tipo de aparência, outro tipo de estereótipo, de família e de vida.
Pois, afinal, de acordo com Guy Debord “A crítica ao espetáculo, também é o espetáculo”.
Entretanto, na minha opinião, o espetáculo tem muitos pontos horrorosos, mas acredito que essa crítica seja um dos únicos ou talvez o único ponto positivo. Mostrar tudo de ruim que o espetáculo traz, mesmo que de forma espetacular, não deixa de fazer com que várias características possam ser repensadas.


Por Mayara Soares

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